4 de julho de 2023 gestor

No dia 28/06 tivemos um encontro especial e bastante profundo com o Xeique Dr. Mohammad Ali Shomali e sua comitiva. Na última quarta-feira, eles visitaram algumas empresas no Polo Spartaco e puderam saber mais sobre a Anpecom e as iniciativas da edc no Brasil.

Dr. Shomali é reconhecido internacionalmente por sua atuação nos campos da Teologia, Filosofia da Ética, Pensamento Islâmico e Diálogo Inter-religioso. É autor de vários livros e codiretor do grupo de pesquisa “Wings of Unity” (Asas da Unidade), juntamente com o professor Piero Coda, ex-presidente da Universidade Sophia.

Veronica Farias e Emilio Strapasson representaram a Anpecom, ao lado de Silvio Rossetto, Deise Prestes De Lara e Marcio Ruschel Stein, da ESPRI SA.

Após as apresentações, tanto o Dr. Shomali quanto outros acadêmicos que o acompanhavam, fizeram diversas perguntas e colocações sobre o conceito da edc, áreas de atuação, ações sociais, difusão da cultura, número de empresas associadas, capitalismo, associação à Anpecom, entre outros assuntos. E afirmaram estar muito admirados sobre como usamos os recursos no cumprimento da nossa missão, por meio dos nossos pilares de atuação.

14 de abril de 2023 gestor

Ficam os senhores acionistas da Espri S/A convocados para participarem em Assembléia Geral Ordinária e extraordinária, que se realizará no dia 29/04/2023, às 10:00 horas em 1 º convocação e as 10:15h em 2º convocação, na Sala B. José Coelho Casas, 55. Centro Mariapolis Ginetta, e atraves da plataforma digital zoom.

Para participar da videochamada, clique neste link zoom:

https://us06web.zoom.us/j/82257310659?pwd=YklYaWlNSjZCYUpmN0VCSH FlYzRBdz09

para exame da seguinte ordem do dia:

1. Apresentação inicial do Planejamento estrategico Espri 2023/2024.

2. Análise das Demonstrações Financeiras do exercício social encerrado em 31/12/2022e do Parecer do Conselho Fiscal e Destinação dos Lucros.

3. Apresentação do Balanço Social e atividades de divulgação da cultura da EdC.

4. Outros assuntos de interesse da sociedade.

Cotia, 05 de abril 2023.

SILVIO JOSÉ ROSSETTO NETO
Presidente do Conselho de Administração

13 de março de 2023 gestor

O Polo Spartaco recebeu, na sexta-feira, cerca de 16 empresários, entre eles Gilceu turra Empresário da economia de comunhão no ramo de varejo. Comércio eletrônico. E provedor de internet banda larga no interior do estado de São Paulo, e membro do Conselho de Administração do Polo Spartaco, que foi convidado a compartilhar a sua experiencia com os presentes.

“O mais bacana não foi contar minha experiência por até ser o mais sênior de toda turma Importante foi escutar a comunhão feita por eles. De como. Estão fazendo a gestão de suas empresas colocando a importância na valorização do capital humano. Ressaltando o foco da Espri de ser farol para outros empresários. Levando uma nova forma de fazer negócios”
Gilceu Turra

24 de fevereiro de 2023 gestor

1. O QUE CARACTERIZA UMA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL?

O que caracteriza o que chamamos uma revolução industrial é o aparecimento de novas tecnologias – principalmente nas áreas de energia, comunicação e transporte – que provocam uma transformação profunda no modo de vida da humanidade. Podemos verificar esse fenômeno na história sobre a primeira revolução industrial, que começou com a utilização do carvão como energia, que impulsionou a máquina a vapor, o transporte e a imprensa mecanizada. Então, é comum ter o conceito de que aconteceu uma Revolução Industrial, porque mudou o modo de vida das pessoas. Esse desenvolvimento atinge não somente as indústrias, mas a sociedade como um todo e traz um desenvolvimento na maneira de ver o mundo, na economia e na maneira de viver da sociedade.

2 – COMO PERCEBEMOS AS ETAPAS DE REVOLUÇÃO INDUSTRIAL?

Percebemos etapas bem definidas de revoluções industriais através de estudos do sistema produtivo, que afetam a área social e política e podemos caracterizá-las como:

a)- A primeira revolução industrial, marcada pelo uso do carvão que substituiu a lenha como energia e que proporcionou a máquina a vapor, por volta de 1860. Esse novo meio de energia fomentou o transporte com trem, a mecanização da imprensa, da produção têxtil e da produção mecanizada.

Com isso, o novo ponto de encontro da comunidade se tornou a fábrica, surgindo uma nova classe média formada pelos operários. As cidades começaram a crescer rapidamente e as economias a se desenvolverem.

b)- A segunda Revolução industrial foi marcada novamente com a mudança de energia que foi o uso do Petróleo no início do século XX. Nesse momento apareceu o motor a gasolina proporcionando novos tipos de transporte, como o carro e o avião. Também surgiu o telefone como novo meio de comunicação.

As ciências provocaram grandes descobertas e novos métodos e princípios científicos como por exemplo: observar, medir e desenvolver novas técnicas que passaram a ser implantadas nas fabricas recém construídas. Começaram a se desenvolver linhas de montagens para produção em massa. O exemplo mais expressivo foi a produção do FORD modelo T, implantado por Henry Ford em 19081. Começou também um deslocamento da população para os grandes centros onde as oportunidades eram maiores. Com essas descobertas da segunda revolução surgiram as estradas pavimentadas na maior parte no mundo.

c)- A terceira Revolução industrial se caracterizou pela revolução digital, que começou em torno de 1950 com as pesquisas na área de microeletrônica. Como exemplo, começou o desenvolvimento da mudança de transmissão da TV do sistema analógico para o sistema digital. Começou o fenômeno de “Transformação Digital” no qual as empresas e quem trabalha com informação buscam a melhoria de processos operacionais e a criação de novos negócios através de uma tecnologia nova.

d)- A quarta revolução industrial teve início neste século XXI e se caracteriza pela implantação de inovações tecnológicas já desenvolvidas e a se desenvolver. A incorporação dessas tecnologias vai mudar o mundo assim como o conhecemos no âmbito das indústrias, mas também no econômico, social e político. Essa etapa se caracteriza pela conexão, pela convergência e sinergia entre as tecnologias. Está acontecendo uma ligação entre o mundo digital e o mundo real das coisas, o que quer dizer que as tecnologias estão saindo do mundo teórico e se efetivando no mundo real2.

Quando essas tecnologias entram no mundo prático é que acontecem as mudanças. Podemos citar como exemplo as máquinas a vapor que enquanto estavam nos laboratórios das Universidades tinham pouco efeito, mas quando elas começaram a movimentar os trens, as máquinas de imprensa e as máquinas têxteis causaram um impacto muito grande na época.

Novamente temos uma nova plataforma tecnológica de energia sustentável, de logística com um novo tipo de mobilidade, e de um novo tipo de comunicação que é a internet. Para entendermos como essa plataforma tecnológica tem um potencial enorme de mudança, podemos citar que num futuro próximo teremos milhões de casas gerando eletricidade com células fotovoltaicas em seus telhados. Essas casas, com microgeração de energia, precisam estar conectadas a uma rede inteligente (internet das coisas) para distribuir a energia que sobra e receber quando é necessário. Isso é feito em uma dimensão continental como é o caso da Europa inteira, a qual já está se planejando para funcionar em rede. O que dizemos é que, uma nova consciência nasce deste fato: o conceito de que somos ligados a uma grande rede e que cada um de nós constitui um de seus nós. No caso da energia é necessário o compartilhamento com todos para que o sistema funcione, ou seja, usar apenas o necessário e o excedente é compartilhado na rede, para que seja distribuído. Então estamos compreendendo que fazemos parte da Biosfera ou somos parte de um todo maior, e essa é a grande inovação que acontecerá no âmbito econômico, social e político.

Outro exemplo que podemos citar dessa nova etapa de evolução é o serviço de compartilhamento de carros, que funciona com o uso de múltiplas tecnologias. O exemplo citado usa o transporte em si, mas combinado com outros desenvolvimentos que precisam funcionar integrados como: a tecnologia de informação, localização com GPS, seguros, serviços financeiros de cobrança e outros. E funciona porque a tecnologia permite ao usuário fazer um pedido de “carona” com smartphone, rastrear o carro onde ele está, tipo de veículo, preço da corrida, pagar o transporte com cartão de crédito, informações sobre o motorista e ainda fazer uma avaliação do serviço. Este é um processo em que você tem mobilidade por compartilhamento e não é proprietário do veículo. Outros exemplos como o uso compartilhado de brinquedos de criança, onde você aluga um brinquedo para uma determinada faixa etária, e depois devolve. Por exemplo se alugo um brinquedo para uma criança de 3 a 5 anos e quando ela perde o interesse, alugo outro para idade adequada. Então esse brinquedo é compartilhado para muitas crianças. Esse novo modelo de negócio vai trazer um novo conceito sobre a propriedade de um brinquedo, carro ou outro bem qualquer. E deve nascer uma nova cultura, por exemplo no caso do brinquedo onde hoje os pais dizem para os filhos: “você está ganhando este brinquedo, ele é seu e você tem que cuidar dele”. No caso do novo conceito o pai vai dizer: “este brinquedo é para você brincar e precisa tomar cuidado com ele, porque outras crianças vão brincar depois que você não tiver mais interesse”.

Um desenvolvimento dessa nova onda é o compartilhamento de dados que se está fazendo de forma exponencial como informações, vídeos, redes sociais, sensores e temos uma lista enorme de aplicações. Quanto maior o número de dados maior vai ser a eficiência do que chamamos de “inteligência artificial”, porque ela usa esses dados para atingir seus objetivos. E as novas linhas de tecnologias de energia baratas e sustentáveis vão libertar a nossa sociedade da dependência do petróleo como acontece na atualidade. E principalmente o conceito de compartilhamento vai ser a nova onda da revolução que se iniciou neste começo do século XXI.

3. – QUAL A RELAÇÃO ENTRE ECONOMIA DE COMUNHÃO E A NOVA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL?

A Economia de Comunhão desperta a consciência do novo modelo organizacional para quase todas as atividades econômicas e sociais que estão se desenvolvendo, especialmente da natureza distribuída e colaborativa das fontes de energia renovável. A nova forma de fazer negócios vai se transferir do conceito de mercado independente para redes. E isso muda o relacionamento entre vendedores e compradores que se consideram adversários, como se vê em muitos casos hoje, para uma relação colaborativa entre fornecedores e usuários dos bens produzidos; e interesses individuais para partilhados, como é o caso da energia solar, que para funcionar deve estar em rede e partilhado.

O foco do capitalismo está na busca de bens materiais próprios para atingir a independência e a autonomia, para ter qualidade de vida. A nova visão do futuro para qualidade de vida está baseada na colaboração, na conectividade e na interdependência. Está nascendo a consciência de que a verdadeira felicidade não está na independência dos outros e no acúmulo de bens, mas na participação e na partilha, e a verdadeira riqueza está na participação e vínculos sociais.

O propósito da Economia de Comunhão é que todos tenham participação ativa na sociedade sem deixar ninguém para trás. Também reconhece que o conforto, que o valor econômico traz é bom e necessário, mas deve estar em equilíbrio com os valores da vida3.

4 – MAS QUAL É A DIFERENÇA?

A diferença que a nova revolução está mostrando é que os seres humanos são seres sociais, o que significa que está desenvolvendo a consciência de que não somos ilhas isoladas, mas vivemos e estamos com os outros. Isso traz qualidade de vida porque quando participamos de um grupo social, ele ajuda a nos proteger, sobreviver e prover com mais segurança a nossa subsistência.

A diferença que a Economia de Comunhão traz é a concepção de que somos mais do que seres sociais e a proposta é formar uma comunidade. O social nos mantém unidos pautados em regras aceitas por todos, como é o caso da constituição de uma nação no regime democrático. O comunitário sustenta as pessoas unidas em torno de valores como respeito, doação, solidariedade, serviço dentre outros; abre o horizonte das pessoas para terem em comum os valores.

A consciência que nos leva a viver em sociedade vem do instinto gregário4 ou seja de vivermos juntos, mas é a natureza espiritual que nos leva a viver em comum unidade. Esta é a diferença e o propósito da Economia de Comunhão: despertar a consciência de que além da convivência social devemos viver em comunidade.

5 – UM SONHO VIVIDO

Há uma profecia Bíblica que diz que vai haver uma transformação social e surgirá “um novo Céu e uma nova Terra”5. Entendi que o novo Céu não é um sonho, mas uma realidade vivida interiormente e a nova Terra é a manifestação exterior dessa realidade, mas que vem sempre de uma realidade interior. Então, a grande revolução econômica, social e política que a nova tecnologia irá trazer só irá melhorar a qualidade de vida se for acompanhada de um despertar de uma consciência pessoal e coletiva. Na nossa experiência de Economia de Comunhão o que realizamos muda com o momento da história (uma nova Terra), mas a consciência que nos levou a fazer a experiência (um novo Céu) deve sempre continuar viva e inspirando, a cada momento, a ação a ser feita.

1 A data do modelo Ford T foi 1 de outubro de 1908

2 Aqui estamos nos referindo a aplicação da inteligência artificial.

3 No Movimento da Economia de Comunhão chamamos de “bens relacionais”

4 Instinto gregário é o instinto que nos leva a viver juntos.

5 Apocalipse 21:1 e Isaias 65:17

Autor: Rodolfo Leibholz:

Sobre o autor: Foi presidente da Espri no período de 2001 a 2007. Cofundador do Polo Spartaco. Formado em Engenharia Mecânica e Mestre em engenharia de materiais pela Unicamp. Empresário por 50 anos e agora consultor e pesquisador de projeto de inovação no ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, na área de materiais de veículos. E-mail: rleibholz48@gmail.com.

29 de novembro de 2022 gestor

O Fórum edc 2022 aconteceu nos dias 21 e 22 de outubro, com a meta de reunir grupos empresariais, pesquisadores, empreendedores de base e interessados nas novas economias. 

Após quase três anos de isolamento social – necessário em virtude da pandemia da Covid-19 – a rede da Economia de Comunhão, composta por lideranças empresariais e de base, pesquisadores, participantes de projetos e interessados em novas economias, se (re)encontrou em São Paulo, nos dias 21 e 22 de outubro, para o Fórum Nacional da Economia de Comunhão 2022 com o tema “Uma nova forma de pensar e fazer negócio: Porque somos comunidade”. No total, 180 pessoas participaram presencialmente e 1.671 participaram via streaming. 

Foram dois dias voltados ao diálogo, troca de vivências, palestras e workshops direcionados à reflexão sobre o impacto social, liderança, mudanças climáticas e sobre uma nova forma de fazer negócios, focada em todos os stakeholders, dos colaboradores até a comunidade e a natureza que os rodeia. 

Com a participação de profissionais ligados às Novas Economias no Brasil e na América Latina e de relatos concretos das lideranças empresariais e dos participantes de projetos da edc, o Fórum resgatou a força da comunidade, da colaboração e da comunhão para a edificação de um mundo mais justo e regenerativo. 

Unidade, troca e prática

Entre e após as palestras, lideranças empresariais, corporativas e de base, da academia e participantes de projetos sociais compartilharam suas vivências dentro da Economia de Comunhão. Como é o caso do Sidinaldo, mais conhecido como Naldo, camponês e Agricultor Familiar do assentamento Flor do Bosque em Alagoas. Ele executa um trabalho coletivo na comunidade que conta com a parceria do Programa de Superação de Vulnerabilidades Econômicas da Economia de Comunhão, o SUPERA,  e representou os agricultores da região no Fórum edc 2022. Seu trabalho é realizado em prol da sua comunidade e visa sempre a comunhão e o amor do próximo. Nas suas palavras “Comunidade feliz é aquela que sai do eu para o nós”.

26 de março de 2018 admin

Na tarde do último sábado, dia 19, o núcleo local da cidade de São Paulo reuniu interessados na Economia de Comunhão (EdC) para a retomada de encontros que disseminam esta nova proposta de cultura empresarial e mudança no paradigma da economia. O tema foi “Como a EdC atua hoje no Brasil” e, segundo os organizadores, este momento foi um novo rumo para a EdC em uma das capitais econômicas mais importantes do país. A grande maioria dos participantes era empresários, mas também estavam presentes estudantes, pesquisadores e membros da Associação Nacional por uma Economia de Comunhão (Anpecom) totalizando 40 pessoas.

Durante o encontro, o vice-presidente da Anpecom, Marcelo Cassa, falou sobre o relacionamento dos empresários da EdC com outros empresários e a importância em dar espaço para o diálogo, fugindo das estruturas tradicionais para que novas pessoas conheçam o projeto de EdC, possibilitando que a rede de pessoas interessadas em colaborar com iniciativas e projetos que visam melhorar o mundo, se fortaleça cada vez mais. O gestor do Polo Spartaco (polo produtivo localizado em Cotia, que possui empresas aderentes à EdC), Thiago Borges, destacou os avanços do polo, que há pouco tempo iniciou um espaço colaborativo em um de seus galpões para receber e fomentar pequenos e micro empreendedores.

Pela primeira vez em uma reunião sobre Economia de Comunhão, Martinho Rocha da Silva vê a EdC como uma das únicas saídas para a humanidade. “Sem nunca ouvir falar na EdC, eu criei um projeto dentro da minha empresa para compartilhar os lucros”, conta o empresário proprietário da Milagros, que fornece incensos litúrgicos desde 2002 e para o Vaticano desde 2007.

A matéria prima do seu negócio vem do norte da África, uma das regiões mais pobres do planeta. Depois de uma viagem para a região, em 2010, Martinho, que tinha como propósito uma viagem comercial para contatar fornecedores e para conhecer a árvore do incenso, se sentiu tocado em ver a extrema pobreza e ver que a prosperidade gerada aqui não chega até lá. Isso transformou a sua vida, assim como da Milagros. Foi, então, que pesquisou e criou o projeto. “Foi compartilhando essa minha ideia com um bispo, em junho deste ano, que ouvi falar da Economia de Comunhão e de todo esse universo. Eu que achei que estava inventando a roda de dividir os recursos da empresa, mas ela já existe muito bem”, conclui.

Diferente de Martinho, a empresária Angela Pelizzon Garcia foi uma das pioneiras da EdC. “Ver a nova geração falar da EdC com tanta propriedade como nós um dia fomos tocados por esse estilo de vida é maravilhoso; e os jovens entenderam a parte fundamental do projeto, que foi porque a EdC nasceu: resgatar a dignidade humana. E quando ela nasceu, nós nos preocupamos em criar empresas e fazê-las se desenvolverem. Hoje, os jovens estão preocupados em reduzir a pobreza gerando uma cultura de comunhão”, comenta ela, sócia da agência de viagens, Estrela Viagens. Segundo ela, momentos como o encontro de sábado fortalecem os princípios da EdC, que deve fazer parte do dia a dia, e comprovam que é um projeto para todo homem de boa vontade.

26 de março de 2018 admin

O Polo Spartaco recebeu, na última quinta-feira (27), cerca de 30 empreendedores de São Paulo e do interior do estado para um café da manhã empresarial. Após o desjejum, os empresários presentes debateram o tema do conceito de propriedade e a dicotomia entre o “ser” e o “ter”, em uma perspectiva da economia colaborativa e de comunhão. A reflexão partiu de um artigo escrito pelo empresário Rodolfo Leibholz (confira aqui).

Em seguida, Bruno Oliveira, presidente do e-commerce de artigos de festa Magazine 25, relatou como sua empresa implementou práticas de gestão voltadas à valorização do ser humano, a partir da adesão de sua empresa aos princípios de uma economia de comunhão.

Por fim, os empresários conheceram o projeto piloto de aceleração de negócios de impacto que está sendo lançado no Polo Spartaco para, por meio de uma rede de comunhão, oferecer capacitação e oportunidades a microempreendedores que têm a comunhão no DNA de seus negócios.

“Hoje o Café da Manhã foi bem movimentado em quantidade de pessoas e qualidade de exposições pessoais. É muito estimulante ver como tinha tanta gente e algumas pessoas novas que ficam encantadas com nossas propostas e vivências”, comentou Flávio Toledo, sócio da fabricante de produtos para cafeteria Pasticcino Brasil.

Os cafés da manhã mensais no Polo Spartaco são realizados na última quinta-feira de cada mês e têm o objetivo de consolidar uma rede de pessoas e empresas que acreditam ser possível melhorar a sociedade por meio de uma mentalidade colaborativa no empreendedorismo. O evento é aberto e conta com a presença de empresários dos mais diversos ramos, da indústria ao varejo e prestação de serviço.

26 de março de 2018 admin

Nos dias sete e oito de outubro, em São Paulo, aconteceu uma série de eventos promovidos pela Associação Nacional por uma Economia de Comunhão (Anpecom) que reuniu cerca de 150 pessoas interessadas na Economia de Comunhão (EdC) no Brasil. Um dos eventos foi a Assembleia Ordinária e Extraordinária da associação, na qual foram apresentados os resultados dos projetos realizados no triênio 2014/2017, as prestações de contas de 2016 e a eleição da diretoria que gerenciará de 2018 a 2020, entre outros assuntos.

Dentre os resultados atingidos nessa gestão foram a formação de uma equipe de projetos especializada, a profissionalização da gestão da associação e a inserção da Economia de Comunhão no ecossistema de negócios de impacto social. Destaca-se a criação do Programa de Fortalecimento de Negócios Inclusivos de Comunhão (Profor); a parceria com a Aliança Empreendedora, que propiciou que a EdC recebesse, pela primeira vez, recursos externos ao âmbito do Movimento dos Focolares; o mapeamento da rede nacional da EdC, que conta com 104 pessoas trabalhando voluntariamente em todo o Brasil, o mapeamento da rede de negócios da EdC, com a produção de um catálogo de empresas, as parcerias com os polos empresariais e com a Secretaria do Estado do Ceará para disseminar a cultura da comunhão no sertão do estado e a estruturação inicial de parceria com o Civitas, que visa a cidadania e o empreendedorismo. Também fizeram parte da apresentação de resultados o Programa de Superação de Vulnerabilidade Econômica (SUPERA), a coordenação do centro de estudos e pesquisas da Economia de Comunhão (o que a teoria pode contribuir para a EdC), os workshops para jovens e a primeira feira de negócios realizada no Polo Spartaco, em parceria com a Anpecom. Na parte de Marketing, foi divulgado os quatro pontos que a Anpecom desenvolve na comunicação.

Segundo Flávio Toledo, gerente da Pasticcino, “As apresentações e os projetos de superação da vulnerabilidade econômica diretamente ligados à EdC foram elevadas a um nível de qualidade, comprometimento, profissionalismo e amor nunca antes visto por mim e até talvez, executado em nossa sociedade”.

Durante a assembleia foram aprovadas as duas alterações estatuárias: a criação da diretoria de relações institucionais e a unificação das diretorias de Comunicação e Marketing, além de transformar a diretoria Administrativa em diretoria de Gestão e Qualidade. A nova diretoria é composta por Maria Helena Faller (presidente), Marcelo Cassa (vice-presidente), Herica Salvador (diretora financeira), Wilson Guimarães (diretor jurídico), Rafaela Tortelli (diretora de Comunicação e Marketing), Giovani Barbosa (diretor de Relações Institucionais) e Magali Perroni (diretora de Gestão e Qualidade).

“A Economia de Comunhão tem potencial de atingir uma escalabilidade significativa em suas ações, desde que estabeleça parcerias e alianças com instituições que atuem em objetivos comuns aos seus e se torne um celeiro de inovação e criatividade, desfrutado por todos, jovens e adultos. Precisamos arriscar cada vez mais e dar espaço para as pessoas criarem. Pudemos perceber os resultados positivos disso nesses primeiros três anos da atual gestão da Anpecom”, diz Maria Helena Faller, presidente da associação, que reforça o objetivo de cada pessoa inserida na EdC. “A nossa especificidade é o nosso relacionamento com a pobreza, como nós compreendemos todas as suas dimensões, além do nosso incomodo com a desigualdade social. Trabalhamos não só nas consequências causadas pela pobreza, mas também atuamos nas suas causas”.

Para Julio Cesar de Carli, estudante de engenharia civil de Curitiba, o fórum foi uma possibilidade de conhecer as várias faces da EdC; desde a concepção teórica e a sua inovação de pensamento econômico, até as suas expressões no mercado e na vida das pessoas. “Obviamente, as histórias das vidas mudadas pelo Profor e o programa Comunhão & Ação são muito impactantes, mas ainda, para além do assistencialismo e empoderamento (exemplares) de pessoas vulneráveis, é muito importante poder vislumbrar que a maior mudança que a EdC propõe, é a cultural. São mudanças culturais, disseminadas e discretas, que moldam a sociedade. Os vários participantes da EdC, com todas as suas diversidades, me fizeram pensar isso”.

Fórum Nacional EdC 2017

A Anpecom promoveu também no final de semana passado o Fórum Nacional de Economia de Comunhão 2017 que abordou o propósito da EdC, os cases do Programa Supera e do Profor, painel de experiências de empresários EdC e pessoas envolvidas, o lançamento da Rede de Negócios EdC e a apresentação do Polo Spartaco, as suas novidades e a feira de negócios.

Conforme divulgado no Fórum, a ideia da Rede de Negócios é criar um portfólio que reúne empresas e profissionais liberais que acreditam ser possível gerar impacto positivo por meio das propostas da EdC, portanto, que aconteçam negócios entre os empresários EdC. A partir dessa rede, uma feira de negócios organizada em parceria com o Polo Spartaco aconteceu na sua sede reunindo 37 empresas e profissionais para fortalecimento de seu networking.

No segundo momento do Fórum, membros da Civitas (uma OSCIP que se ocupa da formação social, cultural e de cidadania oferecida aos jovens pelo Movimento Político pela Unidade) lideraram a programação com o tema “Crise ética, política financeira”. Marconi Aurélio (presidente da Civitas), Pedro Fioreli (vice-presidente), Thiago Risco (tesoureiro) falaram da relação entre a economia e a política e a responsabilidade de um empresário nos dias atuais em buscar o bem comum. “A ideia de Economia de Comunhão traz um novo modelo de empresa, novo modelo de relação entre economia, mercado, a realidade política (a relação de poder e de interesse que se estabelece em uma sociedade) e relações civis, a partir do momento que a empresa é um instrumento de formação da sociedade”, destacou Marconi Aurélio.

Concluindo o fórum com o tema Empreendedorismo e Negócios com propósito, a gerente de projetos da Anpecom, Maria Clézia Santana, apresentou como a EdC está se conectando com outras iniciativas a partir das apresentações do projeto Vilela (mostrar para crianças e adolescentes os caminhos para o bem comum por meio da cultura e do esporte), Instituto de Cidadania e Empreendedorismo (O que são negócios de impacto social?), Brasil Ozônio (soluções tecnolecológicas com ozônio), A Banca (projeto cultural por meio do Hip Hop) e Via Natus (tornar negócios mais sustentáveis e ao mesmo tempo ajuda comunidades em situação de vulnerabilidade).

Segundo Martinho Rocha, empresário e proprietário da Milagros, esse primeiro contato mais profundo com a Economia de Comunhão foi uma das experiências mais intensas que já viveu. “A sensação é que a mesma bomba que estourou coletivamente em maio de 1991 [no lançamento da EdC] estourou dentro de mim 26 anos depois, na mesma sala. Tanto que fiz questão de me associar a Anpecom antes de deixar a sala e sob o olhar sábio, materno e benevolente de Chiara Lubich. Como empreendedor e empresário desejando compartilhar riquezas, este mesmo ambiente, com pessoas tão competentes e modelos de compartilhamento já brilhantemente testados e com resultados concretos e perspectivas animadoras foi um conforto para a jornada solitária comum a qualquer empreendedor. Unir forças, compartilhar o que se tem, seja material ou não, seja doando ou recebendo, não podemos nem temos a pretensão de mudar o mundo, mas podemos faze-lo um pouco melhor”, concluiu.

26 de março de 2018 admin

Que as novas tecnologias tenham atenuado as distâncias e permitido comunicações antes impensáveis, é muito evidente! Mas que, não obstante tudo isso, o encontro físico conserve todo outro sabor feito de expressões, vozes, olhares, calor humano e nível de comunhão muito mais intenso… disso, talvez, vale a pena sempre se lembrar!

Nesta ótica, durante o último fim de semana a Equipe de EoC-IIN reuniu no Polo Lionello Bonfanti, os coordenadores dos Hubs que, até agora, surgiram em 14 países do mundo, após 2 anos do nascimento desta rede de incubação que atrai e apoia uma nova geração de empresários orientados a este tipo de economia inclusiva e profética. Se o trabalho da community, de fato, caminha através de constantes troca de e-mails e conferências via Skype muito dinâmicas, aquilo que si cria durante um encontro ao vivo permanece de um valor inigualável: foi assim que se encontraram colegas e responsáveis dos pontos de acesso do Brasil, Cuba, México, Argentina, Croácia, República Checa, Camarões, Uganda, Espanha, Portugal e Itália, reunidos sob as orientações de uma valiosíssima equipe, também internacional composta por Luigino Bruni, Anouk Grevin, Florencia Locascio, Rebeca Gomez, Koen Vanreusel, Isaias Hernando. Um árduo team building no qual, ao mesmo tempo, se compartilha profundamente, se aprende e se repensa o futuro, com a perspectiva que EoC-IIN seja sempre mais a ponta avançada “por uma EdC 2.0”!

E o resultado foi um verdadeiro caleidoscópio de ideias, inspirações, “contaminações”, relatos, histórias, projetos incubados e tantos novos percursos na lista para quando se volta para casa; 3 dias nos quais primeiramente nos conhecemos melhor, através das paixões, talentos e background de cada um, e depois trabalhamos em brainstorming para definir melhor a entidade de EoC-IIN, focalizar a proposta inovadora e de valor, reforçar o empenho de cada num compartilhamento sempre maior de aventuras, resultados, necessidades, dinâmicas e instrumentos; ou seja, olhamos para a vida presente da EdC e para o seu futuro, que deve ser garantido e potencializado exatamente graças à ação dos Hubs EoC-IIN nos vários territórios, os quais têm um papel estratégico na incubação e aceleração de novas empresas constituídas em nome da comunhão e de um impacto social positivo.

Alternando trabalhos em grupo e momentos de plenária, o programa foi articulado e produtivo: após uma macro panorâmica atualizada sobre os frutos de EoC-IIN até hoje, trabalhamos numa apresentação do mapeamento de cada Hub, ou seja, dos vários contextos locais, e através de perguntas recíprocas para ajudar-nos a analisá-la, procuramos estudar melhor como poder aumentar os recursos e os serviços desta missão de acompanhamento das StartUps. Houve ainda uma Análise Swot dos Hubs individualmente, focalizando-se no detalhe sobre os pontos fortes e fracos, eventuais ameaças e oportunidades ainda não expressas, a fim de pensar bem nas próprias competências atuais e sobre como poder desenvolver as que faltam.

Ao escrever uma estratégia compartilhada mais eficiente, também foi de ajuda a introdução de uma precisa metodologia de incubação, baseada no Business Model Canvas e Lean StartUp Canvas: o percurso escolhido e sobre o qual trocamos ideias, longe de querer ser um esquema por demais rígido a ser respeitado na íntegra, constitui muito mais um instrumento para se ter uma linguagem comum e que, ao mesmo tempo, possa estruturar melhor o trabalho que os StartUppers acompanhados deveriam estabelecer: definir condições de viabilidade, identificar os tempos oportunos, recursos e competências empreendedoras necessárias, facilitar possíveis intervenções de especialistas e mentores, induzir à elaboração de um documento oficial com as principais características do projeto (que seja bem compreensível e apresentável também para a busca de fundos, onde forem necessários), e depois de uma análise estratégica cuidadosa, poder passar para o lançamento da atividade, realizando suas relativas práticas jurídicas, financeiras, de ação e comunicação.

Para além de instrumentos puramente técnicos, todavia, o foco do encontro foi colocado principalmente nos elementos de valor e unicidade (originalidade, nt) que caracterizam o processo de incubação realizado pela EoC-IIn em relação a muitos outros incubadores existentes:

  • Primeiramente o alvo principal, identificado em todas aquelas propostas de luta contra a pobreza, vulnerabilidade e isolamento. Vibrante, neste sentido, uma das cntribuições finais por parte dos coordenadores do Brasil (não a caso é o berço da EdC!), no específico da Presidência da Anpecom, para recordar concretamente que o objetivo de EoC-IIN é, antes de tudo, caminhar rumo aos pobres, tirá-los daquela espécie de culpa que a sociedade frequentemente quer impor-lhes, propondo-lhes, ao invés, confiança, acompanhamento e instrumentos para acionar uma atitude de resiliência e criar uma atividade que possa melhorar suas condições de vida;
  • A consciência e a força de ser uma verdadeira rede global, interdisciplinar e intergeneracional composta por uma comunidade viva de jovens, empresários, profissionais seniors, especialistas, técnicos, comunicadores, coordenada centralmente e ativada em nível local pelos Hubs;
  • Todo o processo baseado na comunhão: com a coragem de não ser provedores diretos de financiamentos, mas garantindo um acompanhamento em longo prazo e entendendo profundamente o que o StartUpper vive, queremos sempre mais desenvolver empresas nas quais a comunhão, baseada nos 3 pilares diálogo, confiança e reciprocidade, seja autêntica, forte e transversal a todos os elementos e decorra talvez ainda antes do impacto social produzido;
  • a vantagem de sinergias com outros interlocutores, onde muitos e vários membros trabalham de forma produtiva e capilar rumo a uma única direção de desenvolvimento integral da pessoa e da sociedade.

Os participantes do encontro viram-se trabalhando em contextos muito diferentes entre eles: dos limites de uma economia não de mercado como a particular experiência cubana, às carências mais estruturais do continente africano, aos altos índices de desemprego entre os jovens com boa formação espalhados pela Europa, etc… e, no entanto, todos se reencontraram na própria missão de verdadeiros ativadores da rede com uma específica dedicação ao desenvolvimento de novas oportunidades empreendedoras finalizadas a aliviar e, com o tempo erradicar o desiquilibrio social.

180209 11 Loppiano Coord EoCiin 07 rid 400Se no passado, o radicalismo e o envolvimento dos primeiros empresários de EdC estavam ligados a uma vocação pessoal, o desafio maior de EoC-IIN será saber alimentar igual radicalismo e difusão, atualizando a narrativa da EdC, transmitindo da melhor forma os seus valores, espandindo recursos, alianças e cooperações, e sabendo compartilhar a beleza e a preciosidade dos projetos econômicos apoiados que já estão mudando partes deste nosso mundo que não vai bem.

por Francesca Giglio